domingo, 18 de outubro de 2015

Momento de Reflexão . . . Testes de Deus, Milagres de Deus ou Acasos Maliciosos?

Sou Cristão. Normalmente não abordo muito este tipo de assuntos, seja ao vivo, seja em blogs, facebook, instagram e afins. Ainda faço parte daquele tipo de pessoas que acha que é "desnecessário" que o público em geral saiba constantemente aquilo que realmente me move, me motiva e me dá força para ir mais além.
Normalmente tenho de ter muita capacidade de diplomacia e muito estômago, para aceitar certos comentários que os "incrédulos" ou "infiéis" (hehehe isto faz-me lembrar algo), melhor chamar de Ateus... que adoram avacalhar com as coisas que alguns acreditam. 

É um facto que muitos crentes são uma autentica vergonha para o bom nome de Deus, no sentido que nem sequer sabem explicar o porquê de acreditar num Deus, e o facto de existirem outras pessoas a acreditarem noutros Deuses ou até no mesmo Deus, mas baseado em livros diferentes (alias, poucos Cristão têm noção que a Torah dos Judeus, está toda no Velho Testamento da Bíblia). Mas isso já vai sair do meu pensamento do dia.

Estava a olhar pela janela, e dei com uma aranha a trabalhar no patamar da janela. Com algum esforço lá percebi que a aranha estava a rodear um mosquito ou algo no género, com o seu fio. Ela rodava diversas vezes o animal, umas vezes no sentido do relógio, outras vezes no sentido contra-relógio. Ela fazia isso vezes e vezes sem conta, enquanto o outro animal lutava para se soltar daquela situação. Foi aí que me senti no lugar do Deus Hebreu, do Deus Cristão Evangélico, do Deus Católico, do Deus Muçulmano, olhando para duas criaturas degladiando-se pela sua sobrevivência... uma com fome, outra aflita pela sua vida.
Se fizermos uma analogia entre a aranha e o mosquito, podemos ver a aranha como o Diabo, "O DIABO, vosso adversário, anda EM DERREDOR, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resistí firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.". Então o mosquito seria o Crente em Deus, sujeito aos tormentos do Mundo e aos sofrimentos que o afligem a cada dia. O mosquito na sua armadilha letal, terá de lutar pelos seus meios e muitas vezes acreditando ou tendo fé em Deus e que Deus lhe dá força e motivação suficiente para não desistir e não perecer, uma vez que não tem nada mais onde se agarrar para sobreviver.

Se formos ao Alcorão podemos encontrar a frase que: “Ele possui as chaves do incognoscível, coisa que ninguém, além d"Ele, possui; Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registado no livro lúcido” (6ª Surata versículo 59).

Já na Bíblia podemos encontrar as diversas referências ao conhecimento de Deus e ao seu poder de intervenção perante o Universo, inclusivamente a forma como "O ANJO DO SENHOR acampa-se AO REDOR dos que o temem, e OS LIVRA.", para proteção do Crente.  

É aí que entra o Milagre e a forma como nós vemos a Intervenção Divina... neste caso, se EU interferisse no normal desenvolvimento do episódio: salvando o mosquito ou não, eu seria a Intervenção Divina (divinitatis). Se tudo o que acontece no Universo é feito pela mão de Deus, então tudo o que acontece normalmente, já será um milagre... mas aí já não vamos bem ao encontro do significado da palavra "Milagre" - "miraculum" - do verbo mirare ou seja "maravilhar-se". A não ser que tenhamos de passar a vida maravilhados até pelas pedras do chão e pelas nuvens no céu... o que até não parece uma ideia assim tão errada.

Assim sendo, na minha opinião tendo Deus criado o Universo e assim, todas as regras que regem o Universo (a lei da Gravidade, a lei de Lavoisier, a lei da Relatividade, etc), então os Milagres serão maravilhas que acontecem ao serem quebradas essas leis que regem esse Universo. E para fazer isso, só mesmo Deus para fazer tal acontecer fora das regras estabelecidas.

E no final... o Mosquito e a Aranha... foram levados pelo vento, do lado de fora de janela...

A Aranha esqueceu-se de se fixar à mármore e ambos foram levados pelo vento. 


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